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Janis Joplin em ensaio fotográfico – Reproduzido de Aventuras na História / Pxhere
Janis Joplin completaria 80 anos de vida nesta quinta-feira (19). Dona de uma voz inconfundível, a norte-americana faleceu aos 27 anos, vítima de uma overdose, em Los Angeles, e entrou para a história como um dos símbolos dos loucos anos da contracultura. Na fronteira entre o blues, o soul e o rock psicodélico, Janis deixou um legado inestimável nos quatro discos de estúdio que gravou. O último deles, “Pearl” (1971), lançado de forma póstuma.
. O “Rádio Memória”, programa web produzido pela Empresa Brasileira de Comunicação – EBC presta homenagem a cantora e compositora Janis Joplin na data em que a artista estadunidense completaria 80 anos. Confira no player abaixo. .
Desde que assistiu ao filme Orfeu Negro (1959), adaptado pelo cineasta francês Marcel Camus (1912-1982) a partir da peça Orfeu da Conceição, de Vinicius de Moraes (1913-1980), quando tinha 16 anos, Janis Joplin (1943-1970) não tirou mais da cabeça a ideia de, um dia, conhecer o Rio de Janeiro.
Janis Joplin nos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro em 1970 (Foto: Arquivo Nacional)
A artista veio para o Brasil sete meses antes de sua morte, e assistiu ao desfile das escolas de samba no centro do Rio de Janeiro. Acompanhada de sua estilista, Linda Gravenites, elas se hospedaram no Copacabana Palace, porém logo foi expulsa por ter pulado pelada na piscina. Naquele ano, em 1970, Joplin tentou organizar uma apresentação particular, com o nome de “Unending Carnival, Get It On“. No entanto, o show não foi autorizado pela ditadura militar que governava o país.
Quando os jornalistas descobriram que a cantora estava no Brasil, Janis organizou uma entrevista coletiva caótica no Copacabana Palace. Joplin depois seguiu para a Bahia, e se encantou tanto pelo artesanato, que tatuou, no pulso esquerdo, o desenho de um bracelete comprado em Salvador (BA). .
Para saber mais detalhes da vida de Janis Joplin, é possível ler ótima biografia “Joplin – Sua Vida, Sua Música“, escrita pela jornalista Holly George Warren, lançada pela editora Seoman.
“Antes da passagem um tanto breve de Janis Joplin pelo sucesso, teria sido difícil para essas artistas encontrarem um modelo feminino comparável à beatnik de Port Arthur, Texas. A mistura de musicalidade confiante, sexualidade impetuosa e exuberância natural, que produziu a primeira mulher estrela do rock dos Estados Unidos, mudou tudo”, conta a autora Holly George-Warren na introdução da obra.
Para relatar a vida da cantora, a autora, que também é especialista em biografias de rock, recorreu a familiares da cantora, amigos, colegas de banda, pesquisou arquivos, diários, cartas e entrevistas há muito perdidas. Ela faz, sobretudo, um perfil minucioso detalhando os passos de Janis até a overdose acidental de heroína, que ocorreu em 4 de outubro de 1970.
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