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Três anos se passaram desde que a província argentina de Misiones declarou Patrimônio Cultural ao ritmo criado por Ramón Ayala. A data coincide com o dia de seu nascimento.
Em sua homenagem, neste final de semana haverá atividades na Escola Secundária de Inovação e na orla de Garupá, cidade natal do artista.
Neste fim de semana, Misiones terá dupla comemoração. É o aniversário de 96 anos do renomado artista Ramón Ayala e, em sua homenagem, o Dia Provincial de Gualambao. Ao longo dos anos, retratou a terra vermelha por meio de sua arte, marcou a história e se firmou como um emblema do Litoral.
Ramón Gumercindo Cidade nasceu em 10 de março de 1927 em Garupá. O cantor, compositor, escritor, poeta e pintor tem mais de 300 obras musicais, oito livros e cinquenta e cinco exposições de pintura. Além disso, colheu inúmeros e destacados prêmios por sua carreira e contribuição cultural.
Começou na música quando jovem e mais tarde, na adolescência, mudou-se para Buenos Aires com sua família. Atualmente reside lá, no bairro de San Telmo. Em meados da década de 1950 integrou o trio Sánchez, Monges e Ayala, juntamente com Amadeo Monges e Arturo Sánchez, e mais tarde lançou-se como solista.
Em 1962 iniciou uma turnê pelas cidades cubanas. Isso se espalhou para países como Espanha, Suécia, França, Itália, Romênia, Chipre, Turquia, Iraque, Irã, Bahrein, Tanzânia, Quênia e Uganda. De volta à Argentina, em 1976, gravou seu primeiro álbum intitulado La vuelta de Ramón Ayala El Mensú. .
. Em 2020, a Câmara dos Deputados de Misiones sancionou a Lei VI Nº 237, na qual declarava Patrimônio Cultural da Província ao ritmo do Gualambao. Em homenagem ao seu criador, o dia 10 de março foi instituído como Dia Provincial de Gualambao. O projeto havia sido apresentado em outubro de 2019 pelo deputado Carlos Eduardo Rovira.
Como o próprio Ayala explicou, esse ritmo surge da mistura de diferentes estilos. A música litorânea foi influenciada pela cultura Mbya Guaraní, pelos ritmos paraguaios e pelo sul do Brasil. Nesta região destacam-se o galope, os xotes e a polca rural, que por sua vez estabeleceram contato com as comunidades europeias estabelecidas.
O gualambao nasceu da necessidade de sintetizar numa só espécie os ritmos regionais de influência fronteiriça, que tanto identificam a província. Mas também contém uma fisionomia particular, pois é escrita em compasso 12/8 (doze oitavos). A dança, então, convida a um balanço constante. É dançado com grandes passos para os lados, como um pêndulo. .
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. Por ocasião desta data, o governo provincial missioneiro organiza um encontro na Escola Secundária de Inovação, em Posadas, capital da província. É uma palestra sobre o gualambao, ditada pelos artistas populares Cacho Bernal e Frodo Peralta. O encontro será na sexta-feira, às 11h, com entrada franca para o público.
Já a Prefeitura de Garupá convida para um festival gratuito. Será no domingo 12 às 18:00 na orla María Auxiliadora. Participarão artistas locais como Fernando Farias e os Buffa Brothers, Los Taquilleros del Chamamé e Armando Viera e seu grupo.
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