Amanda Pedrozo convida para o lançamento de seu novo livro – Foto: assessoria/divulgação
De H2Foz / Por Paulo Bogler Em agosto de 2021, pouco depois de formar-se em Arquitetura e Urbanismo, em Foz do Iguaçu, a vida de Amanda Pedrozo mudou completamente. A um mês de completar 25 anos, sofreu um grave acidente que a deixou com sequelas físicas e neurológicas, perdendo temporariamente os movimentos e a fala.
A jovem precisou reaprender até os gestos mais simples. “Após o acidente, minha vida virou de cabeça para baixo. Precisei reaprender tudo: andar, falar, escrever (manualmente, ainda é difícil, na verdade), me comunicar e até lidar com as mudanças na rotina”, conta.
Hoje, anda com dificuldade, mas com autonomia, e recuperou a fala, com uma entonação diferente, informa. Com treino e persistência, readaptou a rotina e está retomando a profissão. “No começo, era difícil usar os programas de arquitetura, mas treinei muito e hoje trabalho com tranquilidade.”
Amanda passou por um longo processo de reabilitação, recuperando muito da autonomia e também a autoestima: “Ser totalmente dependente é péssimo.” E encontrou na escrita um meio de aprendizado, ensinamento e, sobretudo, uma jornada de superação para ser compartilhada. “Pouco se fala do ‘depois’, e ele é tão importante quanto a superação inicial”, realça.
Neste domingo, 19, a arquiteta e escritora lança o seu segundo livro, intitulado Renasci, e agora?, o qual marca uma fase que Amanda descreve como sendo de amadurecimento e leveza. “Neste livro, mostro outra Amanda: mais consciente, madura e focada no presente”, afirma.
A escrita também evoluiu, revela, ficando mais leve e reflexiva, com olhar direcionado ao cotidiano, à superação e às lições da vida. É uma evolução a partir de seu primeiro trabalho literário, Diário do Meu Renascimento, que foi de certa forma um desabafo, marca do encerramento de um período muito difícil.
Para ela, escrever é uma forma de cura e reconstrução. “Decidi contar minha história para inspirar outras pessoas que passam por recomeços. Minha deficiência não me limita, e quero mostrar isso”, enfatiza Amanda Pedrozo. Hoje, aos 29 anos, define sua trajetória com uma palavra: renascimento.
“Escrever foi, para mim, uma forma de cura. Sempre amei escrever e encontrei nas palavras um jeito de transformar a dor em algo bonito e útil”, pontua. “Também tive a intenção de mostrar minha capacidade, mostrando algo que deveria ser óbvio, mas sei que não é: minha deficiência não me limita.”
Para chegar a esse estágio, Amanda considera que precisou nascer de novo, tanto física, emocional e espiritualmente. “Reaprender a andar e falar foi como viver um novo nascimento, só que consciente. Quero mostrar que a vida não acaba quando tudo desaba. Sempre existe um novo começo. Diferente, mas possível”, reflete.
Os dois livros são suas principais conquistas do período que sucedeu ao acidente, considerados como marco de um reviver pessoal e criativo, contando com o apoio de Barbara Bauermann e Alessandra Bussador, que trabalharam nas duas edições. Na arte de lapidar a linguagem, com textos que inspiram as pessoas a enfrentar obstáculos, a partir da própria trajetória, a escritora fez da inteligência artificial (IA) um instrumento facilitador.
“A inteligência artificial tem sido uma grande aliada. Eu a utilizo para organizar ideias, revisar textos e até criar composições visuais, como a capa e alguns trechos gráficos do livro”, explica. A IA a auxilia nas revisões e em starts que permitem o aprimoramento do ato de escrever.
O evento de lançamento do livro de Amanda Pedrozo será neste domingo, 19, às 16h, no Mercado Público Barrageiro. Depois, a obra seguirá sendo divulgada pelas redes sociais @amandapedrozoo e @diariodomeuranascimento, também canais para o público adquirir os dos livros de sua autoria.
Outra forma para a compra é por meio da loja virtual, aqui, ou via QR code:
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