.
Em 19 de agosto, comemora-se, no Brasil, o Dia do Historiador, instituído em 2009 em homenagem ao nascimento do político, diplomata, historiador, jurista e escritor pernambucano Joaquim Nabuco (1849-1910). Na mesma data, celebra-se o Dia Mundial da Fotografia, uma referência ao anúncio do resultado das experimentações realizadas por Nicéphore Niépce e Louis Daguerre: o daguerreótipo. A coincidência das datas é uma oportunidade para refletirmos sobre a estreita relação existente entre o campo da História, a imagem técnica e os arquivos. .
A despeito do caráter interdisciplinar dos debates em torno da imagem fotográfica, destaca-se a produção de uma história da fotografia e com fotografias, que têm atraído os historiadores brasileiros desde os anos 1980, como evidenciam os trabalhos seminais de Boris Kossoy e Miriam Moreira Leite e, a partir da década de 1990, os estudos de Ana Maria Mauad e Paulo Knauss, dentre outros, que introduzem a questão do visual e da visualidade, investem na biografia das imagens, e tomam a fotografia como fonte e objeto. .
No evento, organizado pelo Arquivo Nacional, pretende-se debater a produção de conhecimento em arquivos, museus e centros de documentação, explorando o processo que se estende da pesquisa e curadoria das imagens fotográficas às suas diferentes formas de difusão. Busca-se, ainda, discutir usos e funções das fotografias em contextos coloniais, e os desafios que se colocam aos historiadores diante desses acervos. Evento com emissão de certificados, sem necessidade de inscrição prévia. .
Ileana Pradilla, mestre em História Social da Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Pesquisadora sênior do Instituto Moreira Salles, onde, desde 2018, é responsável pelo Núcleo de Pesquisa em Fotografia. Autora de “Marc Ferrez: uma cronologia da vida e da obra” (IMS, 2019). Curadora e editora do portal Cadernos de Marc Ferrez.
Maria Isabel Lenzi, doutora em História pela Universidade Federal Fluminense – UFF (2013), com a tese “‘Para aprendermos História sem nos fatigar’, a tradição do antiquariado e a historiografia de Gilberto Ferrez”. Pesquisadora do Instituto Brasileiro de Museus, atuando no Arquivo Histórico do Museu Histórico Nacional. Seus temas de pesquisa incluem fotografia, memória, colecionismo.
Marcus Oliveira, doutorando no Programa de Pós-graduação em História da UFF. Desenvolve pesquisas sobre fotografia em contexto colonial, arquivos fotográficos, intelectuais, teoria e ensino de História. Integra o corpo de pesquisadores associados ao Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI-UFF). Autor do livro “À sombra do colonialismo: fotografia, circulação e projeto colonial português” (1930-1951), publicado em 2021.
Maria do Carmo Rainho, doutora em história (UFF), pesquisadora do Arquivo Nacional, atuando na difusão dos acervos institucionais. Curadora de exposições e do site Cadernos de Marc Ferrez (com Ileana Pradilla). Autora, entre outros, dos livros “A cidade e a moda” (2002), “Moda e revolução nos anos 1960” (2014) e “Retratos modernos” (com Claudia Heynemann, 2005).
Página do AN no Facebook
Assine as notícias da Guatá e receba atualizações diárias.