“Adeus, Capitão”, “Martírio” “Corumbiara”, documentários dirigidos por Vincent Carelli, estão em cartaz na Plataforma do Sesc Digital. Ótima oportunidade para aprofundar o conhecimento sobre as questões indígenas no Brasil. Os filmes estão disponíveis gratuitamente no portal de streaming da instituição. Acesse, aqui.
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. Em 1985, Marcelo Santos, um trabalhador audaz da Fundação Nacional do Índio do Brasil, denunciou um massacre de índios na região sem lei de Corumbiara. Vincent Carelli filmou as provas e, desde então, acompanhou as investigações em torno de uma série de genocídios na região. Juntos, levam anos a encontrar os sobreviventes, membros de três grupos nunca contatados, que vivem escondidos nas parcelas existentes de florestas, aterrorizados com o homem branco. Duas décadas depois, Corumbiara dá a ver essa busca e a versão dos índios.
Filho de pai brasileiro e mãe francesa, Vincent Carelli nasceu em Paris e veio para o Brasil com cinco anos. Criado em São Paulo, a primeira vez que teve contato com indígenas foi através de um vizinho que era missionário dominicano. Ele tinha 16 anos, e a experiência aconteceu no Pará, com o povo Xikrim. Fascinado por aquele primeiro convívio com os indígenas, desde então sua vida está profundamente vinculada aos povos nativos do Brasil.
Vincent (que deve ser pronunciado “Vançant”) chegou a cursar Ciências Sociais por um ano, mas percebeu que a academia não era seu caminho e voltou pras aldeias. Após trabalhar na Fundação Nacional do Índio (Funai) por dois anos, fundou, em 1979, com um grupo de antropólogos a organização Centro de Trabalho Indigenista (CTI). Em 1986, criou o projeto Vídeo Nas Aldeias (VNA), que se tornou um importante instrumento de expressão das diversas identidades indígenas, além de reflexão sobre suas visões de mundo. (Fonte: Cimi)
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