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Sócrates Brasileiro, um texto de Nilson Monteiro
Sócrates Brasileiro, um texto de Nilson Monteiro
5 de dezembro de 2023
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Sócrates faleceu em 4 de dezembro de 2011, mesmo dia em que o Corinthians ganhava mais um campeonato brasileiro. Era vontade do craque morrer num domingo, com o Timão campeão.
Elisa e Sócrates – Foto: reprodução
.
Entrevistei o Sócrates duas vezes, nos anos 1980, em matérias para a Folha de Londrina.
A primeira, em um boteco, com mesas na calçada, em frente ao Parque São Jorge, à inspiração de tantas cervejas. Lá estavam também Wladmir, Casagrande e Adilson Monteiro Alves, presidente do clube.
Claro, o papo começou com futebol e depois misturou política e rock n’roll. E também óbvio que foi ótimo. Além de jornalista, sou corinthiano antes de nascer.
O Magrão falou da importância da “Democracia Corinthiana”, na qual os jogadores votavam os destinos do time, com o beneplácito de Adilson, sociólogo, ex-dirigente da UNE e, na época, filiado ao MDB.
Intervalo: o Wladmir, além de ser o jogador com o maior número de atuações pelo Corínthians, perto de mil, era brilhante fora de campo, especialmente em política, com olhos miúdos e atenção fixa em perguntas e respostas. Era um defensor intransigente das pessoas de sua cor, negra, da qual ele era (é) um orgulho.
Sai da entrevista bêbado, de alma leve e gravador tinindo. No outro dia, se não me engano, haveria jogo do Corínthians e o Adilson ali enchendo a cara conosco. A responsabilidade no campo era dos jogadores.
No dia seguinte, entrevistei Elisa, negra, torcedora-símbolo do Corínthians, que trabalhava numa loja de tecidos, no centro de São Paulo.
Sai da entrevista sóbrio, leve e bloquinho de notas tinindo. Minhas convicções corinthianas que nasceram com meu bisavô grudaram de vez na alma e não há quem possa me demover delas.
Minha segunda entrevista com Sócrates foi em Campinas (SP), em sua volta de Florença, onde jogara pela Fiorentina, depois de ver frustrada sua promessa de que se as Diretas-Já não fossem aprovadas, ele mudaria de país. Mudou, mas voltou. Iria jogar na Ponte-Preta, mas acabou indo para o Flamengo.
Claro, conversamos sobre futebol e política, a frustração com as Diretas e os rumos do país. A seco, a sós, sem cerveja, nos portões do Moises Lucarelli. Pareceu-me amargurado. Muito mais pelo jogo fora dos campos de futebol.
Está escalado no meu Corínthians de todos os tempos, por solicitação da “Gazeta Esportiva”: Cássio, Zé Maria, Domingos da Ghia, Gamarra e Wladmir; Ralf e Rivelino; Luizinho, Sócrates, Baltazar e Ronaldo.
Ontem, 4 de dezembro, completaram-se 12 anos sem Sócrates.
PS: perdão aos que não gostam de futebol. Mas, eu gosto de política e de futebol. Por isso, Sócrates!
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Nilson Monteiro é poeta, escritor e jornalista em Curitiba, Pr.
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