Lua cheia e papagaios – Fotografia de Roberto Lemos
Dentro de um calendário recheado de fenômenos astronômicos, agosto traz a primeira Superlua de 2024. Visível em todo o Brasil – exceto onde houver chuva ou nebulosidade –, a Lua Azul Sazonal, evento considerado raro, vai iluminar o céu nesta segunda-feira (19). Apesar do nome, Superlua Azul não tem coloração azulada. Tamanho e brilho do satélite natural aumentam com relação a outros períodos da Lua cheia.
Também conhecida como Superlua Azul, o nome está atrelado apenas à estação do ano (inverno) e o fenômeno não possui coloração azulada. O termo Superlua indica o perigeu, momento em que o satélite natural atinge a menor distância da Terra em seu movimento de rotação.
A média de distância entre a Lua e a Terra é de aproximadamente 384 mil quilômetros, mas durante o perigeu o distanciamento pode chegar a 356,5 mil quilômetros, explica Claudio Bevilacqua, físico do Observatório Astronômico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
— Quando (a Lua) está nesse ponto (perigeu, há 356,5 mil quilômetros) o tamanho angular aumenta e parecerá um pouco mais do que o normal. Consequentemente, o brilho será maior — explica Bevilacqua.
Esta aproximação torna o brilho da Lua mais visível a partir da Terra, além do seu tamanho aumentar em 6,4% quando ocorre a Superlua.
Cada ciclo lunar dura 29,5 dias, aproximadamente um mês. Habitualmente, um ano costuma ter 12 luas cheias. No entanto, o ciclo lunar anual é completo em 354 dias, o que significa que a cada dois ou três anos uma estação é premiada com uma “Lua cheia” extra, para compensar os dias que sobram no calendário de 365/366 dias.
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