Em 2004, a Guatá – Cultura em Movimento – foi formalizada juridicamente. O que já era um movimento que agia nas praças e escolas iguaçuenses, ganhou uma organização formal se transformando em associação cultural. E sua primeira atividade agora como uma entidade registrada foi a exposição “Todas as Cores do Mundo – retratos do multiculturalismo iguaçuense”, uma criação da fotojornalista Áurea Cunha. .
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Áurea tratou de duas questões relegadas na cidade. A invisibilidade das mulheres e a composição multiétnica de nossa comunidade, tudo de forma muito sutil e positiva. Reunindo fotos de pessoas que viviam na cidade, à época, Áurea retratou 43 mulheres de diferentes idades, classe social, profissão, religião e escolaridade. Todas com algo em comum: serem de nacionalidades diferentes e serem vizinhas na cidade de Foz do Iguaçu. Acompanhando os retratos, frases de cada uma expressando sua visão de mundo.
Pois bem, a Guatá ao nascer ganhou por assim dizer, um generoso presente de Áurea Cunha. Uma exposição inesquecível que, passado tantos anos, remete-nos à reflexão sobre tolerância, riqueza cultural e valorização das mulheres. Junto com os retratos, o desafio de transformar tal reflexão em defesa intransigente. Somos gratos.
Narcisa Almeida, a convidada Avá Guarani de Áurea Cunha para “Todas as Cores do Mundo”
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