– A vida que a gente recorda –
O público que visitou a Feira do Bosque Guarani, na sexta-feira, 16, pôde conhecer, relembrar e dialogar sobre a história de Foz de Iguaçu, por meio das atividades de memória do programa Tirando de Letra, realizado na feirinha pela associação Guatá, com o apoio da Fundação Cultural. A ação contou com a exposição “Retrato de Foz”, conjunto de fotografias sobre o cotidiano da cidade nas primeiras décadas do século XX, além de folhetins e publicações sobre memória. Turistas e moradores visitantes da feira livre revisitaram cenas, personagens e momentos dos primeiros anos do recém-formado município de Foz do Iguaçu. Em destaque, as imagens que retratam o intenso movimento de passageiros e cargas no antigo porto da cidade, localizado na região próxima à Marinha, ponto de chegada de homens e mulheres que deram sua contribuição para a construção da cidade. Os retratos também revelam detalhes sobre a instalação na região dos rebeldes paulistas e gaúchos que aqui formaram a Coluna Prestes, que marchou pelo país contra a República Velha, nos anos vinte. Algumas fotos demonstram a estrutura militar do movimento e até o entrosamento de alguns moradores com os “revoltosos”, como eram chamados à época. Uma outra fotografia, demonstra a comemoração quando da partida dos revolucionários e o incêndio de uma igreja por conta de fogos lançados durante os festejos. Imagem que pode indicar um dos primeiros flagrante de fotojornalismo que se tem conhecimento na história iguaçuense.
Retratos de Foz reúne registros de cenas iguaçuenses da primeira metade do século XX. (Fotos: Paulo Bogler)
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Texto e fotos: Paulo Bogler
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