Montagem da exposição La Violencia en el espacio, em Rondon – Fotos: divulgação /Unila
Para cumprir seu papel no desenvolvimento cultural do território onde está inserida, a UNILA vem organizando exposições e mostras de artes visuais e interativas também em municípios vizinhos. Atualmente, duas exposições estão em cartaz em Toledo e Marechal Cândido Rondon.
A ação é recente e começou com uma parceria com o Museu Histórico Willy Barth, de Toledo, onde, atualmente, está em cartaz a mostra de fotografias “Peru: Arquitetura e Cultura”, com obras do espanhol Máximo Hernández e curadoria de Vera Simões, da galeria VerArte (São Paulo/SP). A exposição permanece em cartaz até o dia 7 de dezembro.
As fotos destacam saberes e fazeres dos povos originários andinos, apresentando da arquitetura inca, a arte têxtil e traços culturais que seguem vivos nas tradições peruanas. O artista também registra episódios que remontam à independência do país, em 1821, proclamada quase três séculos após a chegada de Francisco Pizarro e a execução do último imperador inca, Atahualpa. O Vale Sagrado, Pisac, Moray, Machu Picchu, Cusco estão entre as imagens captadas por Hernández e dispostas em painéis impressos em alta resolução, que já estiveram em exposição nas cidades de São Paulo, Cascavel e Foz do Iguaçu.
Esta é a segunda exposição realizada em Toledo. A primeira, “Mírame”, teve 650 visitações em apenas um mês, destaca Luciano D’Miguel, chefe do Departamento de Cultura (DECULT) ligado à Pró-reitoria de Extensão (PROEX). “Foi a exposição mais vista. Foi uma grata surpresa”, comemora. Ele lembra que o Museu Willy Barth tem quase 50 anos e funciona em um prédio construído especificamente para abrigar um museu. “Isso qualifica muito os trabalhos que estão lá. É difícil encontrar no Brasil equipamentos públicos feitos para serem museus. Normalmente, ocupa-se um prédio histórico”, pontua.
Fotos em alta resolução destacam cultura e tradições dos incas
A outra exposição em cartaz na região é resultado da parceria com a Unioeste, em Marechal Cândido Rondon. “La Violencia en el Espacio”, com coordenação de Pamela Colombo (Université Laval, Canadá) e Carlos Salamanca (Universidade de Rosário, Argentina), poderá ser vista até 14 de novembro. A mostra é composta por estruturas de madeira vazadas – cubitos – que agregam mais de 50 imagens e textos com análises sobre programas e projetos territoriais e urbanos empreendidos durante a ditadura militar na Argentina (1976-1983), como a erradicação de favelas, construção de rodovias, redesenho de espaços públicos e deslocamento populacional.
O objetivo da mostra é levar a uma reflexão sobre como os espaços construídos podem ser utilizados para a dominação e a opressão, e como podem também ser meios de resistência e emancipação popular. A exposição, posteriormente, deve ser realizada em Campo Mourão, Paranavaí, Londrina, Maringá e Sorocaba. “Estamos negociando as futuras etapas para este e o próximo ano.”
A parceria com instituições para exposições e outras ações culturais deve ser ampliada, incentivando a participação de estudantes e cursos da UNILA e também buscando trabalhos a serem expostos na Universidade e em outras instituições em Foz do Iguaçu. “O compromisso não é só de levar produções para o território, mas também agregar e incentivar novas produções nesses locais e despertar novos talentos”, comenta. “A universidade tem como finalidade o desenvolvimento científico, tecnológico e também cultural. Isso faz parte da premissa de qualquer universidade pública”, completa.
Interessados em receber ou compartilhar exposições e outras atividades culturais podem escrever para cultura.proex@unila.edu.br ou para o whatsapp (45) 3522-9920.
Serviço:
“La Violencia en el Espacio” Data: até 14 de novembro Local: Unioeste Rua Pernambuco, 1.777 – Centro – Marechal Cândido Rondon Horário: durante o expediente da universidade Entrada: gratuita
“Peru: Arquitetura e Cultura” Data: até 7 de dezembro Local: Museu Histórico Willy Barth – Rua Guarani, 3.843 – Vila Becker, Toledo Horário: terça a sexta, das 8h00 às 11h45 e das 13h30 às 17h30; e nos primeiros dois sábados do mês das 13h30 às 17h30 Entrada: gratuita
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