Os campi da Unioeste de Rondon e Francisco Beltrão são responsáveis pela certificação no Oeste e no Sudoeste do Paraná – Fotos: divulgação / Unioeste
A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Marechal Cândido Rondon e Francisco Beltrão, através do Programa Paraná Mais Orgânico, está certificando produtores rurais das regiões Oeste e Sudoeste no manejo orgânico. A iniciativa visa garantir a adesão às normas e práticas exigidas para a produção de alimentos orgânicos, promovendo sustentabilidade e acesso a novos mercados.
O Programa Paraná Mais Orgânico é uma parceria entre o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná), vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e as instituições estaduais de ensino superior, sendo uma política pública de apoio ao produtor familiar, que orientações na produção de alimentos de maneira orgânica e certificada, visando a produção de alimentos saudáveis e livres de agrotóxicos.
A Engenheira Agrônoma do projeto em Marechal Cândido Rondon, Mylena Cristina Reynaud, comenta que é realizado visitas aos agricultores e retiras de mudas para doação. “Também são preenchidos os Plano de Manejo Orgânico e Estudos de Caso, que são documentos para encaminhar ao Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), para a auditoria na certificação, de um produtor que esteja apto a tal certificado”, diz.
A iniciativa visa garantir a adesão às normas e práticas exigidas para a produção de alimentos orgânicos, promovendo sustentabilidade.
Os agricultores também recebem orientações técnicas sobre o manejo de culturas sem uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos, além de acompanhamento durante o processo de transição para o modelo orgânico. A certificação é concedida após vistoria e análise de conformidade, atendendo aos critérios do programa.
Mylena comenta os passos que o produtor precisa tomar para pedir o certificado. “O produtor deve primeiro ter interesse em produzir de forma sustentável, sem o uso de agrotóxicos ou usos excessivos de insumos, que contaminem o solo e/ou a água. Assim seguimos para a parte técnica, acompanhando o produtor durante o período de conversão, orientando o produtor na obtenção da documentação necessária, ajudamos de forma gratuita a realização de auditoria e caso tudo esteja de acordo com a legislação, o produtor recebe o certificado”, explica.
Grupo de produtores e responsáveis pelo programa Paraná Mais Orgânico
O programa busca fomentar a produção orgânica e valorizar os pequenos produtores, incentivando práticas agrícolas sustentáveis e o desenvolvimento econômico regional. Além de ampliar a oferta de alimentos saudáveis, a ação também fortalece o vínculo entre a Universidade e a comunidade local, destacando o papel da extensão universitária no campo.
A Engenheira Agrônoma comenta as vantagens da certificação para o produtor rural. “A certificação acaba agregando um melhor preço aos produtos, em mercados diretos ou institucionais, além de trazer benefícios para a saúde e para o meio ambiente. O produtor também ganha no quesito ambiental, onde o seu solo se encontrará mais equilibrado, sendo livres de agrotóxicos e químicos. Assim, os produtores não têm contato com defensivos químicos, trazendo melhor saúde para a família”, conclui.
Paulo Cesar Freitas do Nascimento, é bolsista profissional, graduado em Engenharia Agronômica com ênfase em Agroecologia e integra o Projeto Paraná Mais Orgânico no campus da Unioeste em Francisco Beltrão, ele comenta que participar do projeto é extremamente gratificante. “Como profissionais, reconhecemos a relevância de incentivar práticas agrícolas que promovam a sustentabilidade e a saúde pública, além de valorizar a agricultura familiar. O impacto positivo do Paraná Mais Orgânico é evidente. Ao apoiarmos os agricultores no acesso ao mercado de produtos orgânicos, estamos contribuindo para o fortalecimento da economia local, a segurança alimentar e a preservação ambiental”, diz.
O profissional ainda relata algumas das atividades que são desenvolvidas pela equipe no município. “Realizamos a capacitação e assistência técnica: Promovemos práticas sustentáveis, como o manejo agroecológico de pragas, o uso de bioinsumos e técnicas que conservam o solo e a água. Realizamos o acompanhamento e avaliações das unidades de produção para verificar a conformidade com os princípios da produção orgânica e levamos informações à comunidade, destacando os benefícios dos alimentos orgânicos para a saúde e o meio ambiente”, conclui.
Os produtores rurais que tenham interesse na certificação podem entrar em contato pelo telefone (45) 32845095 – Núcleo em Marechal Cândido Rondon e no (46) 35204877 – Núcleo em Francisco Beltrão.
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