“Sustentando toda a vida na Terra”, este é o tema do Dia Mundial da Vida Selvagem, marcado neste 3 de março pelas Nações Unidas.O tema também está relacionado às metas e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODSs, como erradicar a pobreza, garantir o uso sustentável dos recursos e conservar a vida terrestre e marinha evitando a perda de biodiversidade.
Atualmente, 25% de todas as espécies do planeta (todos os animais selvagens e tipos de plantas) corre risco de extinção nas próximas décadas. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, lembra que a data está alinhada com os ODSs 1, 12, 14 e 15. A meta é abranger todas as espécies de animais e plantas selvagens como um componente da biodiversidade assim como os meios de subsistência das pessoas, especialmente as que vivem mais próximas da natureza.
Em mensagem sobre Dia, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou que a humanidade é parte inseparável do que chamou de “rica tapeçaria da vida que compõe a diversidade biológica”.Ele observou que “todas as civilizações humanas foram e continuam a ser construídas com o uso de espécies selvagens e cultivadas da flora e da fauna, desde os alimentos” que são ingeridos até o ar que respiram.O chefe da ONU afirmou que a humanidade parece ter esquecido o quanto precisa da natureza para a sobrevivência e o bem-estar. E à medida que a população e as demandas aumentam, os recursos naturais estão sendo explorados de maneira insustentável.
Segundo a Avaliação Global de 2019, o Painel Intergovernamental para Serviços de Biodiversidade e Ecossistemas destacou o nível da atual taxa global de extinção de espécies, com “dezenas a centenas de vezes maior do que antes dos seres humanos habitarem o planeta.”O secretário-geral alerta que “ao explorar demais a vida selvagem, os habitats e os ecossistemas, a humanidade põe em perigo a si mesma e a sobrevivência de inúmeras espécies de plantas e animais selvagens.” Ele pede que todos pressionem “por um relacionamento mais cuidadoso, atencioso e sustentável com a natureza”.
De acordo com o Pnuma, os animais e plantas que vivem na natureza têm um valor intrínseco e contribuem para os aspectos ecológicos, genéticos, sociais, econômicos, científicos, educacionais, culturais, recreativos e estéticos do bem-estar e para o desenvolvimento sustentável.A agência observa que o Dia Mundial da Vida Selvagem é uma oportunidade de celebrar as muitas e variadas formas de fauna e flora selvagens e promover a conscientização sobre a infinidade de benefícios que sua conservação proporciona às pessoas.Ao mesmo tempo, o Dia lembra a todos sobre a necessidade urgente de intensificar a luta contra o crime que afeta a vida silvestre e a redução de espécies induzida por seres humanos e que têm amplos impactos econômicos, ambientais e sociais.
Como parte da data, o Pnuma, em parceria com a Agência Oceânica, lançou a campanha Glowing Glowing Gone, que visa chamar atenção para a fluorescência do coral devido às mudanças climáticas.A agência explica que a fluorescência do coral, ou coral “brilhante”, é a última linha de defesa antes que o coral morra e sofra com o chamado branqueamento. O objetivo da campanha é obter apoio público para inspirar políticas e financiamento para conservar os arrecifes de coral e salvar um ecossistema do qual todo o planeta depende.
O Pnuma destaca que os arrecifes sustentam um quarto de toda a vida marinha. Eles são como “cidades subaquáticas”. Essas cidades superam as construídas pelos seres humanos e são extremamente importantes no ciclo de vida de várias espécies, atuando como viveiros, fontes de alimentos, estações de limpeza e criadouros.Os recifes de coral também fornecem a meio bilhão de pessoas segurança alimentar e meios de subsistência. Eles são essenciais para sustentar a pesca saudável, que é a principal fonte de proteína para 3 bilhões de pessoas em todo o mundo.Além disso, graças aos arrecifes, a pesca e o turismo geram centenas de bilhões de dólares por ano para a economia global.
_________________________ONU News
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