A vida é uma contação de histórias. Aprendi a tentar escrever com mainha, um cearense arretada, que me fazia reescrever a mesma carta diversas vezes.Dona Luci dizia que seu aprendesse a escrever para quem não sabia ler eu escreveria para o mundo. Escrever seria uma brincadeira de encontrar pessoas, boas ideias e espíritos pelo caminho.Não é que ela estava certa. Anos depois recebo a mensagem que Pepe Mujica, o uruguaio do mundo, leu um conto que eu escrevi. Para minha alegria, no intervalo entre um mate e uma tragada, ele falou sobre a vida, o universo, a natureza, inspirado no que leu. Uma coisa tão Wemerson.
“Salve” é um conto da vida. A crônica foi inspirada na visita de Pepe, às Cataratas do Iguaçu, em março do ano de 2016. Jose Mujica olhava, observava e calmamente, fazia suas observações.De longe, eu acompanhava o uruguaio. De boné, camiseta de botão, o senhor passeava o olhar, como alguém que olhava perto e distante, com a sensação de que a vida vale a pena. De que a vida vivida transforma e inspira as pessoas.O conto é de autoria de Wemerson Augusto. Pepe disse que isso era uma poesia e o menino que vos escreve compõe a natureza.
Não sabemos quem é quem vem de lá. Nem sabemos quem vem’ daqui. Muitas vezes vemos pessoas brigando entre si. Todas têm razão ou todas não têm razão. Às vezes são apenas torcedores, que esquecem os princípios de humanidade.Sabemos muito pouco ou quase nada da luta e da história das pessoas. Erramos por etiquetar a pessoa ou situação por uma cor, esquecemos de perguntar se é justo, humano, digno.Erramos por não gostar de amarelo. Erramos por não gostar de verde. Erramos por não gostar de vermelho. Erramos por não gostar de azul. Erramos por ignorar o arco-íris que é a humanidade.Não sei quem vem de lá. Saúdo com um salve. Não sei quem vem daqui. Saúdo com um salve. Descubro algo sobre a pessoa ou ação que vai muito além da mistura das cores. Há muito mais humanidade na humanidade que pergunta se é justo, humano, digno. Salve, humanidade.
O vídeo é do ilustre jornalista uruguaio Hugo Alejandro Fernandez.
No sabemos quién es que viene de allá. Ni sabemos quién viene de aquí. Muchas veces vemos a personas peleándose. Todas tienen razón o todas no la tienen. A veces son solo hinchas, que se olvidan de los principios de humanidad.Sabemos muy poco o casi nada de la lucha y de la historia de las personas. Nos equivocamos al etiquetar a una persona o situación por un color. Nos olvidamos de preguntar si es justo, humano o digno.Nos equivocamos porque no nos gusta el amarillo. Nos equivocamos porque no nos gusta el verde. Nos equivocamos porque no nos gusta el rojo. Nos equivocamos porque no nos gusta el azul. Nos equivocamos por ignorar el arco iris que es la humanidad.No sé quién viene de allá. Lo saludo con un viva. No sé quién viene de aquí. Lo saludo con un viva. Descubro algo sobre la persona o acción que va mucho más allá de la fusión de los colores. Hay mucha más humanidad en la humanidad que pregunta si es justo, humano o digno.Viva, humanidad.
__________________________Wemerson Augusto é jornalista em Foz do Iguaçu, Pr. Trabalha na Assessoria de Comunicação da Cataratas S/A. O texto foi publicado originalmente no blog do autor e reproduzido na revista Escrita 53.
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