No Brasil, até a presente data, 98 profissionais da saúde já morreram por Covid-19.
A data foi escolhida em homenagem à Florence Nightingale, nascida em 12 de maio de 1820 e considerada a “mãe” da enfermagem moderna. No Brasil, a data também lembra Ana Néri, primeira enfermeira brasileira a se alistar voluntariamente em combates militares.
Nightingale foi uma jovem que se rebelou contra o papel submisso que as mulheres exerciam na sociedade de sua época, destinadas ao casamento e à maternidade. Por isso, ela se tornou enfermeira (profissão normalmente exercida por freiras). Ela se destacou por organizar e chefiar uma equipe de 38 enfermeiras voluntárias que partiram para o front da Guerra da Crimeia (1853-1856) onde tratavam dos soldados feridos. Depois, na volta a seu país natal, também desenvolveu grandes esforços para melhorar as condições de tratamentos médicos dados a pobres e indigentes.
De acordo com dados que os conselhos regionais dos Estados enviam ao Cofen, o Brasil possuía, até 1º de abril deste ano, 565,4 mil enfermeiros, 1,3 milhão de técnicos de enfermagem e 419,9 mil auxiliares de enfermagem.
Em todo o país, mais de 13,3 mil profissionais estão afastados do trabalho, conforme informações divulgadas pelo Comitê Gestor de Crise do Cofen, no site Observatório da Enfermagem, nesta segunda-feira (11). Entre eles, 28,5% foram confirmados e o restante segue como suspeito da doença.
Ainda segundo o Cofen, 98 profissionais já morreram em decorrência da Covid-19 no Brasil. O número é maior do que nos Estados Unidos (91) e na Itália (35) e é creditado pelo Comitê do Cofen à escassez de EPIs, falta de treinamento adequado e subdimensionamento de equipes.
Por conta da extrema pressão a que estão submetidos, o conselho criou uma linha solidária com mais de 100 profissionais especializados em saúde mental para atender os trabalhadores. O chat de ajuda emocional funciona 24 horas, diariamente e pode ser acessado pelo site do Cofen.
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