eu sou crioula decentenão sou vilestou nas cordasem equilíbrio
de um brasila minha cor apavoraessa raça agride ouvi dizernão é nos dentes do negronão é no sexo do negroé na arte do negrode vivermelhor dizendo
sobrevivercom essa coisa que arrastao tronco que tentam escondermas esses troncos existem
no conviveros troncos estão nas favelasvejo troncos nas vielasnas moradias fedidas
nas peles sem esperançanas enxurradas de nãono jogo das damas e reiseu me perdi
nas rotas dos estiletesnas celas e nos engodosnegro carretel de roloquerem fazer um mundomarginal crioulo.
baraculêeu sou mulhébaraculéfemineiraresponde a luaminha sei ládiz que o sol é fortemas vive no luáda mulhé na rua.
___________________________Alzira Rufino, poeta e presidente da casa de cultura da mulher negra.
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