Pesquisadores do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CCET) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) desenvolveram o Sigaedes, aplicativo para dispositivos móveis que identifica e oferece soluções para infestação, controle e combate vetorial do Aedes aegypti e Aedes albopictus.A ferramenta auxilia prefeituras a organizar ações de enfrentamento de problemas causados pela transmissão de doenças como dengue, chikungunya e zika. O aplicativo integra o Projeto Aedes, que ainda engloba metodologia e um software capaz de realizar pesquisa populacional, residencial ou empresarial, relativa ao indivíduo, local, tempo e outros fatores.O projeto de pesquisa contou com o apoio da Fundação Araucária, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Prefeitura Municipal de Cascavel.
A professora do CCET e orientadora do projeto, Claudia Rizzi, explica que os estudos iniciaram em 2008, e que para materializar a proposta foram elaboradas soluções por meio de subprojetos de informação e dados para o auxílio no combate às doenças, além de registo e acompanhamento de indivíduos infectados.A professora também destaca que os dados coletados em campo e disponibilizados no software são utilizados como testes em amostras reais e, no último ano, houve avanços no encaminhamento de dados do software para o servidor.“Na medida em que temos os dados é possível tomar decisões mais direcionadas e objetivas. No que diz respeito à dengue, no geral, os sistemas de informação que existem não são conectados. O Sigaedes contribui nesse sentido, auxiliando os gestores a combater os vetores de forma eficaz”.O software é integrado a diferentes metodologias prescritas pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde. Essa solução computacional permite resultados rápidos e eficazes à gestão e acompanhamento de ações para controle e combate aos mosquitos transmissores das doenças.LOCALIZAÇÃO – O aplicativo funciona com uma metodologia georreferenciada e é possível supervisionar o raio em que vírus está presente, além de localidades consideradas de risco, mutirões que já ocorreram para o combate da doença, denúncia de imóveis, entre outros.A iniciativa disponibiliza acesso a relatórios e visualização em mapas temáticos, informações específicas para acesso pelo cidadão, material didático e instrucional, gestão do trabalho com o Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa) e a viabilização de acesso a dados através de dispositivos móveis.PREVENÇÃO – O sistema desenvolvido acompanha a contagem e coleta de ovos do vetor, realizada pelo controle de epidemias do município, para estimar a infestação do vírus. Há também uma tecnologia de simulação computacional que permite encenar o espalhamento de doenças em uma área geográfica ao longo do tempo, criando cenários favoráveis para a escolha de estratégias de controle e combate vetorial.CONEXÃO – O Sigaedes cria conexões com outros projetos e permite que o software gere análises e dados mais completos sobre a dengue. Entre eles estão o Sistema do Programa Nacional de Controle da Dengue (SisPNCD) desenvolvido pelo Ministério da Saúde, o Alerta Dengue e o LIRAa.
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