A ativista sueca Greta Thunberg foi escolhida para a primeira edição do Prêmio Gulbenkian para a Humanidade, anunciado nesta segunda-feira (20). Mais de 130 nomes de 446 países haviam sido indicados para receber a honraria. A militante de 17 anos avisou que vai doar parte do montante para a campanha SOS Amazônia.
O Prêmio Gulbenkian para a Humanidade, é uma iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian, entidade portuguesa criada em 1956 e conhecida por suas ações principalmente no mundo da cultura, da ciência e da educação. Mas, com este prêmio, a entidade optou por celebrar a luta contra as mudanças climáticas, homenageando pessoas ou organizações que contribuam para a avanço da preservação do planeta.
Segundo Isabel Mota, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, a ativista sueca foi escolhida por “seu compromisso com a urgência da ação climática, contribuindo para uma sociedade mais resiliente e preparada para as alterações globais, protegendo em especial os mais vulneráveis”. Já o ex-presidente português Jorge Sampaio, que presidia o júri do prêmio, ressaltou a maneira como Greta “conseguiu mobilizar gerações mais novas para a causa do clima”.
A ativista, considerada pela Time Magazine uma das 100 pessoas mais influentes do mundo e duas vezes nomeada para o Nobel da Paz (2019 e 2020), se disse “extremamente honrada” com a escolha de seu nome. “Isso significa muito para mim e espero que me ajude a fazer mais pelo mundo”, declarou a sueca, que aproveitou a ocasião para frisar que o planeta está em “situação de urgência”.
Mesmo se disse que o valor de € 1 milhão dado pela Fundação é “mais dinheiro do que eu possa começar a imaginar”, Greta disse que já sabe o que vai fazer com o montante. Ela informou que pretende, por meio de sua própria fundação, fazer doações que prestigiem “organizações e projetos que lutam por um mundo sustentável e defendem a natureza, apoiando pessoas que enfrentam os piores impactos da crise ecológica e climática”.
A ativista avisou que € 100 mil serão doados para a SOS Amazônia, uma campanha mantida pela Fridays for Future, movimento popular iniciado pela própria Greta em 2018. Outros € 100 serão doados para a Stop Ecocide Foundation, entidade que luta para tornar o ecocídio um crime internacional.
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