O inicio do cogumelo da bomba lançada pelos EUA em Hiroshima, em 1945 (Domínio público)
Há 75 anos a cidade de Hiroshima, no Japão, foi destruída por uma bomba nuclear, até então nunca antes vista em uma guerra. Era dia 6 de agosto de 1945, 8h15 da manhã, quando a bomba atômica americana Little Boy caiu sobre a cidade de Hiroshima, a segunda mais populosa do país asiático na época, deixando de imediato cerca de 80 mil pessoas mortas e destruindo 69% do território.
Apenas três dias depois do primeiro ataque, no dia 9 de agosto, a cidade de Nagasaki enfrentou o mesmo destino, com a bomba nuclear Fat Man — mais poderosa que a Little Boy, mas menos efetiva por conta das irregularidades no terreno da cidade. Em menos de um segundo 35 mil pessoas estavam mortas.
Até o final do século XX o número de mortos total pelas bombas nucleares passaria de 200 mil, muitas causadas pelos efeitos a exposição à radiação — efeitos estes que até hoje, 75 anos depois, ainda são visíveis na sociedade japonesa.
A destruição em Hiroshima. Os seres vivos foram consumidos em segundos de fogo e aflição. (Foto: domínio público)
A fundação Radiation Effects Research Foundation (RERF), fruto de uma união entre os Estados Unidos e o Japão, quer continuar estudando os efeitos da radiação das bombas nos seres humanos e amostras biológicas de 30 mil participantes de estudos anteriores serão analisadas para entender melhor os sistemas moleculares pelos quais a radiação acaba criando um quadro cancerígeno.
Outra resposta que os cientistas pretendem responder é se um pai ou uma mãe expostos à radiação são capazes de passar os mesmos distúrbios para seus filhos.
A experiência genocida se prolongou três dias depois de Hiroshima. A cidade de Nagasaki recebeu uma bomba ainda mais potente sobre seus moradores.
Três dias depois depois da tragédia de Hiroshima, veio a segunda bomba, em Nagasaki. O golpe arrasou a cidade: dos 263 mil habitantes, cerca de 80 mil morreram. O cogumelo de fumaça era visível a 400 quilômetros de distância — como se uma bomba lançada sobre o Rio de Janeiro fosse vista de São Paulo. (Aventuras na História)
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