Em um ano atípico, com pouca água, Itaipu cumpriu seu papel, diz o diretor-geral brasileiro (Foto: Rubens Fraulini)
Essa quantia seria suficiente para atender o consumo do mundo por 27 horas; do Brasil, por um mês e 23 dias; do Paraguai, por quatro anos e 11 meses; da cidade de São Paulo, por dois anos e seis meses; do Estado do Paraná por dois anos e dois meses; ou, por um ano, 120 cidades do porte de Foz do Iguaçu.
Desde a entrada em operação, em maio de 1984, o acumulado nestes 36 anos e seis meses chega a mais de 2,7 bilhões de MWh – marca jamais alcançada e que dificilmente será batida por outra usina.
Os 70 milhões de MWh, quando comparados com a produção anual de 2019 das maiores usinas do sistema de energia do Brasil, correspondem a 2,4 vezes o que produziu a hidrelétrica de Tucuruí (PA); a 2,8 vezes a geração da usina de Belo Monte (PA); a 4,1 vezes o que gerou Santo Antônio (RO); a 4,2 vezes de Jirau (RO); a 5,4 vezes a geração da Ilha Solteira (SP); e a nada menos do que 8,8 vezes a usina de Xingó (AL/SE).
A usina totalmente brasileira que mais produziu no ano de 2019 foi Tucuruí, com cerca de 29 milhões de MWh, seguida de Belo Monte, com cerca de 25 milhões de MWh.
Mesmo com menos água, Itaipu atende aos contratos e ainda gera adicionais, quando necessário. (Foto Alexandre Marchetti)
O diretor técnico executivo da Itaipu, engenheiro Celso Torino, explica a importância desse montante e do atendimento de ponta da usina: “Além da binacional estar garantindo o percentual da energia vinculada à potência contratada da Eletrobras da energia afluente, independentemente do nível do reservatório, na tarde de quarta-feira, 25, atendeu-se a uma demanda emergencial na hora de pico do sistema na ordem de 1.510 MW adicionais”. Essa demanda é equivalente ao consumo de Curitiba (PR).
Mas não foi só dessa vez que a Itaipu atendeu, com robustez, um pedido urgente de energia adicional do setor elétrico. Quando as altas temperaturas bateram na casa dos 40°C, a binacional atendeu com eficiência e qualidade as necessidades do sistema.
“É um trabalho que depende de sinergia de todo o corpo funcional binacional para dar certo, além de bom relacionamento com os parceiros, como o Operador Nacional do Sistema (ONS), Ande, Furnas e Copel, entre outros”, reforça Torino.
Para o diretor-geral brasileiro, general Joaquim Silva e Luna, “num ano atípico, com cenário hidrológico desfavorável e fechamento de fábricas e comércio em alguns estados, o que diminuiu a oferta por energia, a Itaipu vem cumprindo à risca seu papel com sustentabilidade”.
E complementa: “essa atuação vem sendo não só na geração de eletricidade limpa e renovável, mas também em outras frentes, seguindo as diretrizes de sua missão e da boa governança dentro dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.
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