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. No dia 5 de março de 2021, uma sexta-feira, Foz do Iguaçu contabilizava 386 registros positivos de covid-19, chegando ao número recorde de casos ativos da doença (pacientes infectados que ainda podem transmitir o vírus): 1.106. Aquele era o anúncio do que estava por vir. Naquele mesmo mês, 237 vidas foram perdidas – maior registro até hoje.
Quase um ano depois, uma nova explosão de casos foi verificada na cidade, mas com uma taxa de transmissão bem maior. No último sábado (22), com as 880 confirmações, chegou-se ao ápice de casos ativos: 5.033, quase cinco vezes mais do que o pico anterior. Porém, restando três dias para fecharmos o mês, o número de mortes registrado é 90% menor do que em março de 2021: 23 contra 237.
Em relação à gravidade dos casos, também é perceptível uma situação menos grave. Para se ter uma ideia, naquela época os 125 leitos de UTI e os 89 de enfermaria disponíveis não eram suficientes para suprir a demanda de pacientes. Atualmente, o sistema vem dando conta com 50 leitos de UTI e 72 de enfermaria (nesta sexta-feira, 28, houve uma ampliação para 80 leitos de UTI e 77 de enfermaria, porém a ocupação se mantém perto de 50%.
As principais diferenças entre os “retratos” de março/2021 e janeiro/2022 estão na variante predominante da doença (delta e agora ômicron) e na quantidade de vacinas aplicadas. Entretanto, os cuidados se mantêm necessários para evitar que o número de contaminados seja tão alto a ponto de gerar um novo colapso ao sistema de saúde.
Em 5 de março do ano passado, apenas 13.216 doses de vacina haviam sido aplicadas e até então estavam disponíveis somente para os públicos prioritários e as faixas etárias mais altas da população. No momento atual, o número de doses supera os 500 mil, atingindo toda a população adulta, além de adolescentes e agora crianças.
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