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Índio eu não sou
Não me chame de “índio” porque Esse nome nunca me pertenceu Nem como apelido quero levar Um erro que Colombo cometeu.
Por um erro de rota Colombo em meu solo desembarcou E no desejo de às Índias chegar Com o nome de “índio” me apelidou.
Esse nome me traz muita dor Uma bala em meu peito transpassou Meu grito na mata ecoou Meu sangue na terra jorrou.
Chegou tarde, eu já estava aqui Caravela aportou bem ali Eu vi “homem branco” subir Na minha Uka me escondi.
Ele veio sem permissão Com a cruz e a espada na mão Nos seus olhos, uma missão Dizimar para a civilização.
“Índio” eu não sou. Sou Kambeba, sou Tembé Sou kokama, sou Sataré Sou Guarani, sou Arawaté Sou tikuna, sou Suruí Sou Tupinambá, sou Pataxó Sou Terena, sou Tukano Resisto com raça e fé
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