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Internacional x Corinthians, no primeiro jogo da final do Brasileirão Feminino, disputado em Porto Alegre no dia 18. – Foto: © Cris Mattos/CBF
Vale o título! Corinthians e Internacional se enfrentam neste sábado (24), às 14h (de Brasília), na Neo Química Arena, pelo jogo de volta da final do Campeonato Brasileiro feminino. O torcedor pode acompanhar a decisão na Band, na TV aberta, no SporTV, na TV fechada, e na Eleven Sports, no streaming.
Com 39 mil ingressos vendidos antecipadamente para a final do Brasileiro Feminino, em parcial divulgada na noite da última quarta-feira (21), a torcida do Corinthians já superou a marca para estabelecer um novo recorde de público do futebol feminino em jogos entre clubes do Brasil. Espera-se que o público se amplie para mais de 40 mil pessoas até a hora do jogo.
Em busca do tetracampeonato – o tri consecutivo -, o Corinthians chega após eliminar o Real Brasília e o rival Palmeiras, nas quartas e semi, respectivamente. Já na primeira fase, terminou em quarto, com 32 pontos (nove vitórias, cinco empates e uma derrota).
Já o Internacional terminou em terceiro lugar com 33 pontos (10 vitórias, três empates e duas derrotas), enquanto no mata-mata deixou para trás o Flamengo nas quartas de final, e o São Paulo na semifinal.
Como empataram em 1 a 1 no Beira-Rio, quem vencer é campeão. Caso termine novamente igual, a decisão será definida nos pênaltis.
CORINTHIANS: Lelê; Jaqueline, Tarciane, Andressa, Yasmin; Gabi Moraes, Gabi Zanotti, Gabi Portilho; Tamires, Adriana, Jheniffer.
INTERNACIONAL: Mayara; Capelinha, Bruna Benites, Sorriso, Isabela; Ju Ferreira, Duda Sampaio, Maiara, Fabi Simões; Millene, Lelê. (O Internacional joga desfalcado de Belinha, expulsa no primeiro jogo das finais.)
Arbitragem: Charly Wendy (árbitro), Leila Naiara e Fernanda Nândrea (assistentes), Marianna Nanni (quarto árbitro) e Igor Junio Benevenuto (avar)
O futebol praticado no Brasil por homens e mulheres tem valorização distinta. Mesmo guardadas particularidades de uma e outra modalidade que constituem, sim, momentos diferentes da sua profissionalização, é nítida a desproporção na importância destinadas a elas.
Espaços ínfimos e pontuais nos canais da grande imprensa, o desconhecimento e o filtro com parâmetros masculinos utilizados pela mídia esportiva dão a tônica da visibilidade destinada às mulheres. A falta de regulamentação de direitos trabalhistas para a maioria das atletas (Neste caso, o Corinthians é uma exceção que foge à regra). Junte-se a isso, as premiações ridículas destinadas às equipes vencedoras em competições nacionais e internacionais.
Gabi Zanotti, meia de referência da equipe corintiana, é uma voz em destaque também fora do campo. A craque questiona o respeito destinado à modalidade feminina no futebol. (Foto: arquivo Corinthians)
. Pois bem, a disputa entre as “brabas do Timão” e as “gurias coloradas” também marca outra quebra de paradigma do futebol feminino brasileiro. Depois de pronunciamentos de jogadoras corintianas e mobilização das torcidas durante a semana entre os jogo finais, a CBF reviu a premiação inicialmente prevista. Inicialmente, só a equipe campeã receberia premiação, de R$ 290 mil. A entidade que organiza a disputa anunciou que reviu a questão. Haverá premiação para a campeã, assim como para a segunda colocada. Um milhão de reais para a equipe campeã e 500 mil reais para a vice colocada.
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