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consciência
acordei olhando
vi ali os restos das vendas nas fendas das pretas maltratadas
acordei com as vozes negras espancadas, veio na veia a velha vontade de remar, queimar os barcos no mar
acordei olhando os raios solares baterem à porta da catarata de vovó inundei de coragem
ela na cicatriz faz nó em ancoragem tira o véu olha pro céu dentro do sol
e me acorda dizendo nalgum lugar, lá onde sempre estive, a carne mais barata do mercado não é a carne negra
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