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(*) Imagem em alta-resolução, captada pelo telescópio espacial Hubble
E pensar que conhecemos
Sou profundamente adepto da frase pronunciada por Sócrates “Só sei que nada sei”. É isso mesmo, diante do conhecimento, somos mesmo insignificantes.
O que conhecemos do Universo? Nada, ou muito pouco. Só a nossa galáxia, a Via Láctea, acredita-se tenha mais ou menos 5 bilhões de estrelas. O sol é uma estrela média, de quinta grandeza, quer dizer, existem estrelas, na própria galáxia, que são cinco vezes maiores que o sol. Imaginar se uma estrela de quarta grandeza estivesse no lugar do sol, simplesmente adeus vida sobre a terra.
Agora pense, o sol é completamente incandescente, tendo uma temperatura altíssima. Nele tudo são gases e a sua temperatura é tão elevada que sentimos o seu calor na terra, sendo isso que mantém a vida em nosso planeta.
Mas vamos mais a fundo. Somos 6 bilhões de habitantes no planeta. Ora, os cientistas admitem que existem igual número de galáxias no universo. É algo simplesmente fantástico.
De tudo isso o que conhecemos é tão pouco que iguala-se a nada, frente ao que deveríamos conhecer. Por isso mesmo a nossa atitude, além de ser de profunda admiração, pois que tudo isso guarda uma beleza imensa, deve mesmo nos colocar no lugar que merecemos de nossa insignificância.
O conhecimento nos torna muito mais humanos, nos separa da barbárie, da ignorância, nos faz ver os seres humanos, com os quais convivemos, de outras formas, muito mais belas, mais significantes, enfim nos faz mesmo é ser mais gente.
No entanto há arrogância, prepotência, uma feira de vaidades incrível, onde predomina mesmo é a mediocridade, a inveja, enfim um mundo abjeto que precisa ser urgentemente rejeitado.
Viver o conhecimento, ver a sua beleza, a grandiosidade de conhecer, entender, relacionar, desenvolver as nossas faculdades mentais, enfim tudo isso nos faz mais homens e mulheres, cada vez mais próximos do mundo que vivemos.
É por isso que as questões hoje ambientais, causando tantos problemas e preocupações, talvez possam um dia apresentarem-se como as grandes soluções no caminho de um novo conhecimento mais enriquecedor para os seres humanos.
Entender que tudo isso que falamos do universo é pequeno frente a um único ser humano, dotado de altíssima complexidade. Ora, nós ainda conhecemos muito pouco o funcionamento, por exemplo, do cérebro. Se pensarmos em desenvolver processos educacionais avançados, temos que trabalhar muito melhor as questões cerebrais. É mais do que certo que aprenderemos muito mais na medida em que conhecermos o funcionamento cerebral e nosso cérebro é de grande complexidade. Será que existe alguma relação entre a complexidade cerebral e o universo? O futuro dirá.
Então trabalhar com o conhecimento é um campo vasto, imenso, cheio de belezas inacreditáveis no caminho, tanto quanto também o trabalho é fantástico com todos os seres humanos. Educar alguém para viver melhor é algo fundamental hoje e o será mais ainda no futuro.
Assim o mundo evolui sempre no sentido de uma busca incessante de um conhecer que possa trazer a plenitude ao homem que não se contenta com a mediocridade de um consumo alienante que o torna menos humano.
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