E não estava mais só. Frente a frente, do lado esquerdo da cama, na parede cinza-pálido. Em movimentos sincrônicos sentaram-se para conversar. Conversaram as chaturas e as risadas do cotidiano moroso de suas vidas. Também sobre o passado e sobre o futuro. Não arriscaram-se a falar do agora, pois o tempo é demasiadamente breve. Diziam: “cada milionésimo de segundo é um passado, não há velocidade suficiente para dissertar o presente.” Ouviram música. Musicas para ler, musicas para sentir e algumas inclusive só para cantar como aquelas de ônibus de excursão. Tudo era válido para se distraírem.
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