Falso Profeta, insone, Extraviado,
Eu, forçado a ascender, eu, Mutilado, busco a Estrela que chama, inapelável. E a Pulsação do Ser, Fera indomável, arde ao sol do meu Pasto — incendiado. Por sobre a Dor, a Sarça do Espinheiro que acende o estranho Sol, sangue do Ser, transforma o sangue em Candelabro e Veiro. Por isso, não vou nunca envelhecer: com meu Cantar, supero o Desespero, sou contra a Morte e nunca hei de morrer. __________________________________ Ariano Suassuna, escritor e dramaturgo brasileiro. (1927-2014)
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