– Um poema de Perla –
(numa manhã fria depois de vir da horta – 10/2016)
Às vezes é conexão a primeira vista,
Cuido, rego, adubo,
espero o tempo dar o fruto.
Se a Terra foi muito maltratada,
por aquelas que não souberam seu valor.
É compreensível que ela demore mais
pra se reconhecer como parte desse andor.
É uma relação misteriosa.
Onde as energias se encontram e se conectam,
em meio a tantas redes de alta tensão.
Dei atenção especial a esta Terra.
Dediquei muito Amor a Ela.
Percebi porque mesmo tão perto,
não havíamos nos percebido antes.
Não estávamos maduras para cuidar desse Amor.
Eu Água, que já fui tão poluída,
assim como a Terra maltratada,
Compreendo essa dor que contamina,
a flor violeta que mil vezes foi despetalada.
Junto com as estrelas que iluminam nosso céu,
e os astros que compõe a nossa história,
Produzimos a vida para o mundo.
A Terra é distinta em cada lugar.
As sementes que brotam aqui, não brotam acolá.
Tão pouco, somos únicas para nossa existência.
Há outros elementos que compõe a nossa missão.
Mas se há um motivo de minha presença,
que não me deixa secar.
É a esperança que os humanos compreendam,
a nossa relação secular.
Em cada gota que me derramo sobre a Terra,
os astros param…
para sentir tamanha explosão.
Os humanos falam de Big Bang.
Mas a vida começou neste encontro.
(Perla)
Perla é heterônimo de estudante de Antropologia e professora do ensino fundamental em Foz do Iguaçu, Pr.
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