Já não fotografava o pôr do sol a uns 20 anos. Pelo menos assim, ele sozinho sem uma pessoa posando. Eu não queria mais colocá-lo – o Sol – em um suporte bidimensional como o papel, a tela do computador ou do celular. Havia decidido que só iria contemplá-lo lá no céu. Na fotografia gosto daquilo que considero o melhor conselho do semiólogo Roland Barthes, que diz: “Não fotografe aquilo que é notável, mas torne notável aquilo que fotografa. E, para mim, o Sol é notável demais, bonito demais. Coisas muito belas me travam na hora de clicar. Confesso que gosto da beleza que está na segunda camada.
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