Vídeos feitos com celular pelo artista venezuelano Kevin Lustgarten estão na mostra de videoarte. Foto: Divulgação
A primeira mostra da Bienal On-line, versão digital da Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba, inicia neste mês. A programação de abril é dedicada a videoarte e conta com cinco artistas – duas brasileiras e três estrangeiros. As obras serão exibidas sempre às terças-feiras no Instagram @bienaldecuritiba.
Representando o Brasil, estão Michele Schiocchet e Lilian Döring. Michele, que trabalhou como artista e arteeducadora em Portugal, Itália, Alemanha e Inglaterra, além do Brasil, e contrapõe a experiência dos espaços alternativos à ideia de superidentificação. Já a motion designer Lilian Döring desenvolve projetos desde 1997, explorando web arte, animação 2D e 3D, arte interativa e vídeo poesia.
Ilusão é a palavra-chave dos trabalhos do venezuelano Kevin Lustgarten. O artista visual produz vídeos pelo celular e usa a edição para criar novas imagens, com o objetivo de mostrar como a criatividade e a imaginação fazem o espectador encontrar alegria nas coisas comuns. Já o iraniano RenderBurger (nome artístico de Farid Ghanbari) é diretor de arte há quase 14 anos. Seus trabalhos refletem a intensa pesquisa de inovação dentro da arte digital.
Erik Winkowski, dos Estados Unidos, elabora suas obras com colagem, recorte, desenho e mixagem de cenas cotidianas de maneiras inesperadas, utilizando técnicas pioneiras de animação para trazer a espontaneidade e vitalidade da pintura de maneira experimental.
A mostra de abril foi selecionada por Flávio Carvalho, curador de arte digital curitibano. Após exibir coletivamente em cidades como Paris, Berlim e Toronto, passou a se dedicar também à curadoria, ganhando o Prêmio Jovens Curadores por seu trabalho na Bienal Internacional de Curitiba em 2018.
O formato digital dialoga com outra mostra da Bienal, realizada entre 2019 e 2021, que levou videoarte para fora do museu. Foram transmitidos vídeos em 1290 ônibus e 22 terminais de Curitiba e Região Metropolitana. A proposta era ampliar os limites da arte contemporânea para fora dos espaços tradicionais. Agora, com a edição virtual, esta proposta alcança um novo patamar, chegando ao público via computadores e celulares.
Além dos artistas destacados, a Bienal On-line terá a participação de mais gente. A curadoria do evento selecionou vídeos que estarão disponíveis nos canais da Bienal até o dia 30 de abril.
Criada em 1993, a Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba ganhou em 2021 sua primeira versão virtual. A 14ª edição, que aconteceu em mais de 100 espaços pela cidade e atingiu um público de mais de 900 mil pessoas, trabalhou o conceito curatorial de “Fronteiras em Aberto”. Em razão da pandemia, que impossibilita os eventos presenciais, foi criada a Bienal On-line, com programação majoritariamente virtual, integrando ainda a 14 ª edição.
Iniciada em 29 de março, a versão virtual da Bienal de Curitiba terá diversas mostras, palestras, bate-papos e ações por meio das redes sociais até 31 de dezembro, toda gratuita. Mais informações, no site www.bienaldecuritiba.com.br.
Por CuritibadeGraça
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