Ana Sátila durante as eliminatórias da categoria C1 da canoagem slalom. Ela é a primeira brasileira a chegar a uma final da modalidade em uma Olimpíada. Foto: Míriam Jeske/COB)
A medalha não veio, mas Ana Sátila cravou seu nome na história da canoagem slalom brasileira. Na madrugada desta quinta-feira (29), a atleta que treina em Foz do Iguaçu tornou-se a primeira canoísta do país a chegar a uma final olímpica no C1 (canoa), modalidade cujas vencedoras foram a australiana Jessica Fox (ouro), a britânica Mallory Franklin (prata) e a alemã Andrea Herzog (bronze).
Na semifinal, Ana ficou na terceira colocação ao fazer a descida em 114.27 segundos e fechar o percurso sem qualquer penalidade. Na decisão, porém, a brasileira tocou em um obstáculo e perdeu a passagem pela porta 22, sendo punida com 52 segundos de acréscimo e ficando na décima e última posição, com 164.71, quase um minuto acima da medalhista de ouro.
Em sua terceira Olimpíada, a mineira de 25 anos, que vive em Foz do Iguaçu desde os 16, participou também da disputa do K1 (caiaque), em que parou na semifinal e foi a 13ª colocada na classificação geral. Em Londres 2012, a então caçula da delegação brasileira terminou em 16º no K1. No Rio de Janeiro, em 2016, Sátila foi a 17ª na mesma prova.
A canoagem slalom brasileira, cuja base principal de treinamento fica na Terra das Cataratas, terá mais uma chance de medalha na madrugada desta sexta-feira (30) em Tóquio, com outro atleta conhecido dos iguaçuenses. Às 2h (hora brasileira), Pedro Gonçalves, o Pepê, entrará na água para a semifinal do K1. Se ficar entre os dez primeiros, o brasileiro estará na decisão, que começará a partir das 4h.
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