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Camada de lixo que tem flutuado entre as costas da Guatemala e de Honduras, na América Central — Foto: Cortesia Caroline Power para G1
. Levantamento da ONU aponta que a humanidade gera cerca de 2,24 bilhões de toneladas de resíduos sólidos anualmente, dos quais apenas 55% são gerenciados em instalações controladas.
Todos os anos, cerca de 931 milhões de toneladas de alimentos são perdidos ou desperdiçados e até 14 milhões de toneladas de resíduos plásticos entram nos ecossistemas aquáticos.
A quantidade equivale a um caminhão de lixo cheio de plástico sendo despejado no oceano a cada minuto.
A entidade mundial projeta que, no ritmo atual, a produção de dejetos chegará a quatro toneladas por ano até 2050.
Hoje, 10% de todas as emissões globais de gases de efeito estufa vêm do cultivo, armazenamento e transporte de alimentos “que nunca são usados”. Isso em um planeta onde, em nível global, 800 milhões de pessoas, por ano, passam fome.
A direção da ONU entende que a saída é o mundo investir maciçamente em sistemas e políticas modernas de gerenciamento de resíduos, que incentivem as pessoas a reutilizar e reciclar tudo, “desde garrafas plásticas até eletrônicos antigos”.
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Mulher separa plástico em uma usina de reciclagem na Jordânia – Foto: Pnud/Sumaya Agha
Segundo dados da ONU, o setor de resíduos é parte da tripla crise planetária de mudança climática, perda da biodiversidade e poluição. Os objetivos das iniciativas de desperdício zero são proteger o meio ambiente, aumentar a segurança alimentar e melhorar a saúde e o bem-estar humanos.
A Estratégia Global para Consumo e Produção Sustentáveis pode orientar essa transição. Estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas, Estados-membros e partes interessadas, o documento propõe a adoção de objetivos sustentáveis de consumo e produção em todos os setores até 2030.
Um dos lixões espalhados pelo Quênia, sendo o maior o lixão de Dandora em Nairóbi – Foto: Pnuma/Duncan Moore
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