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. Em 2018, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo, viabilizou o resgate emergencial de uma canoa identificada dentro da área de tombamento do sítio arqueológico de Cidade Real do Guairá, protegido em nível estadual pelo Governo do Paraná. A ação contou com supervisão e apoio técnico da Coordenação do Patrimônio Cultural do Paraná (CPC), órgão vinculado à Secretaria da Comunicação Social e da Cultura. .
. “As Ava-Guarani lutam pelo seu modo de viver. É preciso mostrar para os outros que ainda estamos aqui”, afirma o rezador guarani Tekoha Y’Hovy no documentário “Ygá Mirî – Resgate emergencial de canoa localizada no sítio arqueológico Ciudad Real del Guayrá”. . O Sítio Arqueológico representa um importante capítulo da história da conquista ibérica da América Meridional, Patrimônio Cultural reconhecido pelo Estado do Paraná pelo tombamento em 2007.
. Os remanescentes arqueológicos localizados na margem esquerda do Rio Paraná e imediatamente ao sul da foz do seu afluente, rio Piquiri, pertencem à Ciudad Real del Guaira, fundada no ano de 1557. A destruição de Cidade Real, entre outros assentamentos de posse da coroa espanhola, culmina com as bandeiras paulistas durante os anos de 1631 e 1632. . Essa região somente retornaria a ser explorada pelos portugueses em expedições de reconhecimento entre os anos de 1768 e 1774, quando se procedeu ao registro da localização das “ruínas” de Cidade Real de Guairá. Hoje um dos principais indícios são os fragmentos de paredes e muros, em extensas áreas, caracterizados por taludes. A maior parte do material arqueológico ainda permanece preservada abaixo da superfície do solo, configurando grande oportunidade de pesquisa.
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