A partir das 20 horas (horário argentino) do domingo (12), o Jazzcaré Trio estará no El Loco Heraldo, em Puerto Iguazú. Ingressos a 1500 pesos argentinos (algo em torno de 10 reais, no câmbio deste início de novembro). Reservas pelo whatsapp: +5493757558821 . Sebastian Pereyra, Sergio Copetti e Amauri Copetti jogam no ataque, num compromisso único com boa música. De fundo, uma leitura jazzística das próprias raízes onde transitam. Música instrumental de fronteira, para usar as palavras do trio.
“Nenhuma cultura pode reivindicar como própria uma música sem admitir que compartilha muitas características e provavelmente muitas composições com alguma cultura vizinha”.
É a partir dessa premissa que nasceu a Jazzacaré. Desenvolvendo um repertório de música instrumental com elementos dos países de onde originam seus integrantes (Argentina e Brasil). Assim também é o entendimento com as influências dos outros países que fazem fronteira com aqueles.
O repertório da Jazzcaré inicia lá, na desembocadura da Bacia do Prata, com levadas tangueiras, milongas, candombes e chamamés. Também aparece no trabalho do trio o “gualambao”, um ritmo originado na região da fronteira trinacional. Segundo a pesquisa dos músicos, uma criação que se atribui a Ramón Ayala. O Jazzcaré soma ritmos do Brasil a tudo isso. É aqui que entra samba, baião, maracatu, bossa nova, entre outros.
Os arranjos são todos próprios, pensados a partir da constituição do trio. Claro, sempre bem alinhados pela estética da fronteira, numa construção a partir do “mboyere cultural” que existe na região. Então, a amarração se dá com um sentimento jazzístico, o que universaliza a aldeia em um nível de expressão que os traços identitários revelam-se. Revelam e sobressaem com ótimo quilate.
Os músicos que compõem o Jazzcaré são os irmãos brasileiros Sergio e Amauri Copetti (baixo e bateria, respectivamente). Completa a banda o argentino Sebastian Pereyra na com guitarra.
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