Papoula-do-brejo ocorre em todas regiões do país, em brejos, lagoas e riachos pouco profundos – Foto: Extraída do Livro Plantas aquáticas: da botânica ao ensino.
Demonstrar a interdisciplinaridade do uso de espécies de macrófitas aquáticas para o ensino, abordando a taxonomia, conceitos ecológicos, usos, potenciais e benefícios que estas espécies apresentam e como utilizá-las dentro de salas de aula. Essa é a proposta do livro Plantas Aquáticas: Da Botânica ao Ensino, que traz um conteúdo simples e de fácil entendimento, com a apresentação de 50 espécies em formato de fichas, bem como sugestões de práticas e atividades utilizando estas plantas. A publicação traz ainda registros fotográficos, aquarelas e ilustrações científicas, que ampliam a percepção de detalhes e demonstram a beleza das plantas.
Para download gratuito acesse o Portal de Livros Abertos da USP neste link.
As plantas aquáticas são espécies comumente consideradas invasoras e que podem degradar produções agrícolas. Porém, na verdade, são um universo a ser explorado quanto a potenciais, usos e benefícios, principalmente quando utilizadas como ferramenta de ensino. Essas espécies aquáticas também podem ser utilizadas como culturas de produção de alimentos, um dos principais fatores que destacam essas plantas. Exemplos de cultivos com finalidade comercial incluem o arroz (Oryza sativa L.) e o agrião (Rorippa nasturtium-aquaticum (L.) Hayek), o capim-rosário (Coix lacryma-jobi L.), a lótus (Nelumbo nucifera (Gaertn.), que possuem valor comercial atribuído como matéria-prima para a confecção de itens artesanais, como pulseiras, brinco e colares, bem como alimentação.
Capa e páginas do livro sobre plantas aquáticas – Foto: Extraída do Livro Plantas aquáticas: da botânica ao ensino
. A proposta do material surgiu de uma série de atividades vinculadas à Coleção de Plantas Aquáticas e Palustres do Horto Experimental Prof. Walter Radamés Accorsi, inserida no Departamento de Ciências Biológicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP em Piracicaba. O projeto também contou com o apoio do Jardim Botânico do Instituto de Biociências de Botucatu (JB/IBB), da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), bem como de grupos de extensão e pesquisa, como Hidrofitotério-Esalq (LCB/Esalq) e o Centro de Referência em Ensino de Ciências da Natureza (Crecin), além da Divisão de Biblioteca (DIBD) da Esalq-USP.
O livro tem como autores Flávio Bertin Gandara, professor do Departamento de Ciências Biológicas da Esalq; e Rosebelly Nunes Marques, professora do Departamento de Economia, Administração e Sociologia, também da Esalq; Anderson Victor dos Santos, aluno de graduação da Esalq; Charles Albert Medeiros e Levi De Zen Itepan, alunos de prática profissionalizante da Esalq; e Danilo Soares Gissi, professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus Lagoa do Sino. Segundo eles, o material não é apenas um guia para identificar as espécies, busca também valorizar o conhecimento sobre as macrófitas aquáticas e instigar a aplicação das mesmas em processos de educação ambiental, em cursos de graduação e especialização, dentre outros espaços de ensino e pesquisa, bem como espaços de ensino não formal, como museus, centros de ciência, coleções vivas, valorizando estas plantas e destacando seus potenciais.
O livro Plantas Aquáticas: Da Botânica ao Ensino pode ser acessado gratuitamente neste link.
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