Florestan Fernandes em documentário da TV Cultura (Imagem: divulgação)
Nesta quarta-feira (22/7), comemora-se o centenário do nascimento de Florestan Fernandes. O sociólogo e político brasileiro foi ganhador do Prêmio Jabuti pelo livro Corpo e alma do Brasil, em 1964.
Com mais de 50 obras, entre livros e artigos publicados, e quase dez anos de carreira política, Florestan contribuiu para a construção do pensamento social crítico no País, dedicando-se ao estudo etnológico dos índios Tupinambá, dos resquícios da escravidão, do racismo, da luta de classes e da pobreza na sociedade brasileira.
Para homenageá-lo, a equipe de Jornalismo da TV Cultura produziu um pequeno documentário com base em entrevistas que ele deu à emissora nos programas Vox Populi (1984) e Roda Viva (1994).
O documentário também conta com depoimentos de pessoas próximas a Florestan, como o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, aluno de Fernandes, que revelou como era a convivência com o mestre.
Na produção, o sociólogo Rogério Baptistini analisa as obras manuscritas do sociólogo; o escritor Laurez Cerqueira ressalta a importância do estudo de Florestan sobre o movimento negro, que serviu de referência não só no Brasil, mas também nos Estados Unidos; e o sociólogo Jessé Souza reflete como que Fernandes estaria vendo hoje os movimentos antirracistas pelo mundo.
No documentário, também são mostradas as análises do vereador Eduardo Suplicy, que lembra da carreira política do companheiro no Partido dos Trabalhadores (PT); e do filho, o jornalista Florestan Fernandes Júnior, sobre como o pai veria o Brasil de hoje.
E ainda, trechos de uma peça inédita em homenagem a amizade com o também sociólogo, crítico literário e professor Antônio Cândido, com quem Florestan trocou cartas até o final da vida e que revelou a origem do nome incomum daquele que é considerado o pai da sociologia crítica no País.
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