– Oficinas do Olhar, revisando conceitos, apurando sentidos –
A Oficina do Olhar fotográfico é uma atividade realizada pela fotojornalista Áurea Cunha que consiste em um conjunto de atividades ligadas às questões do olhar fotográfico. São dinâmicas, exercícios, vivências e reflexões sobre como produzimos, enxergamos e registramos as imagens. Na oficina são trabalhados os sentidos, estimulando-se sensibilidade e intuição. Lembrando o poeta Manoel de Barros, fotografar é também, mais que ver, mais que ler. É, de certa forma, transver. Áurea explica que a ideia e buscar dentro de cada um particularidades que se traduzem mais subjetivamente. Coisas bastantes simples que passam desapercebidas aos sentidos, também são trabalhadas. Como, por exemplo, pensar sobre como nos comportamos ao fazer um enquadramento fotográfico, se o fazemos no dito automático, sem reflexão, ou se ficamos atentos ao que estamos criando, escolhendo conscientemente o que queremos expressar.” A fotojornalista desenvolve esses conceitos e práticas da “Oficina do Olhar” há pelo menos 12 anos. O formato tradicional, explica ela, é de dois dias de trabalho, como numa imersão. Porém, o trabalho pode sofrer adaptações, dependendo de variantes como espaço físico, faixa etária do público e, principalmente, disponibilidade de tempo das pessoas envolvidas em cada experiência. “Nas escolas, por exemplo, é feito em formato e carga horária reduzidos, além de uma adaptação da linguagem com a qual propomos a prática”.
O professor Fernando, retratado pela estudante Leonarda, durante a oficina do Olhar no Colégio Três Fronteiras.
Escola Padre Luiggi: Áurea Cunha explica o funcionamento do filme fotográfico na câmera analógica. (Foto: Roberto Geremias)
Texto: Inácio Vera / Fotos: Áurea Cunha, Roberto Geremias, Kariny Wermouth e Leonarda Silva
Assine as notícias da Guatá e receba atualizações diárias.