Mais de 200 pessoas participaram do evento. Foto: Maria Eduarda/APP-Sindicato/Foz
De H2Foz / Por Denise Paro A violência contra a mulher, o patriarcado e a desigualdade salarial em relação aos homens foram alguns temas em debate na Marcha do Dia Internacional da Mulher, realizada neste sábado, 8, na região central de Foz do Iguaçu.
Mais de 200 pessoas participaram do evento, entre homens e mulheres de diversos coletivos, agremiações sindicais, partidos políticos e universidades. O grupo fez uma concentração no Bosque Guarani às 9h e após explanações sobre dificuldades enfrentadas pelas mulheres seguiu em marcha até a Praça da Paz, passando pela Avenida Brasil.
Os casos de violência e feminicídios estão entre as maiores preocupações das mulheres. A cidade hoje tem cerca de 1.500 mulheres vivendo sob medida protetiva, segundo a Guarda Municipal.
A violência é um dos temas que mais preocupam as mulheres. Foto: Maria Eduarda/APP-Sindicato/Foz
Presente na marcha, a titular da Delegacia da Mulher de Foz do Iguaçu, Giovana Antonucci relaciona os casos de feminicídio ao machismo. “ O homem entende que a mulher é um objeto e pertence a ele. Se ela não corresponde às expectativas deles, ele pode fazer o que bem entender, inclusive matar”.
A delegada ainda diz que geralmente antes do feminicídio há agressões, a exemplo de xingamentos e os homens que costumam praticar este tipo de crime já têm um perfil mais agressivo e violento.
Mulheres de diversos coletivos e sindicatos marcaram presença no evento. Foto: Maria Eduarda/APP-Sindicato/Foz
Também presente no evento, a inspetora da Guarda Municipal e coordenadora da Patrulha Maria da Penha, Maristela Bail, diz entre 5% dos homens descumprem as medidas protetivas e por isso estão sujeitos ao uso de tornozeleira e a multa de cerca de R$ 1.500,00, conforme determinação da justiça.
Coordenadora da Patrulha Maria da Penha, inspetora Maristela Bail diz que cerca de 5% dos homens descumprem medidas protetivas. Foto: Denise Paro
“ O descumprimento é um crime inafiançável”. Maristela diz que o simples fato de a mulher receber ameaças por telefone já configura descumprimento da medida.
A família da estudante Zarhará Hussein Tormos, 25 anos, que foi assassinada no início do mês, marcou presença na marcha. Parentes mulheres pediam respostas para o crime ainda não elucidado. “Nós como seres humanos não podemos deixar isso virar um número”, disse Elisângela Lopes, uma das tias da estudante.
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