Por Marcio Renato Dos Santos O historiador Victor Augustus Graciotto Silva autografa o seu mais recente livro, “O Skate do Paraná: cultura, identidade e patrimônio”, em 27 de setembro, a partir das 19 horas, no Curitiba Skate Park, localizado na Travessa da Lapa, 231.
A obra percorre, a partir da década de 1970, quase quatro décadas da cultura do esporte no Paraná. “No auge, entre 1990 e 2010, duas empresas realizavam os principais campeonatos e circuitos nacionais, investindo em pistas e patrocinavam skatistas, que despontavam nos campeonatos mundiais subindo ao pódio e conquistando títulos”, explica o autor.
Essa história, destaca Victor, estava inserida em uma ebulição musical e de moda, em que o principal público era de adolescentes e jovens que encontravam no skate uma forma de expressão. Do carrinho até as roupas produziam, e reproduziam, um comportamento e uma identidade própria. Assim surgiu um estilo de vida, o skate como um lifestyle, e Curitiba passou a ser reconhecida como a capital do skate brasileiro.
Mais de quarenta personalidades da história do esporte foram entrevistadas – conteúdo disponível no canal do YouTube da Máquina de Escrever | Editora e Produção Cultural, empresa que editou “O Skate do Paraná: cultura, identidade e patrimônio”, obra com texto bilíngue, português e inglês, em 250 páginas no formato 21 X 29 cm, com capa dura, repleta de material iconográfico, como fotografias e recortes de jornais.
Esse projeto surgiu após Victor conversar com o seu afilhado, Matheus Reinhardt Luz, um skatista, sobre a cultura do skate em Curitiba. “Percebi que havia uma imensa lacuna e pouco material para consulta”, conta Victor.
Em 2018, apareceu o primeiro resultado da imersão de Victor Augustus Graciotto Silva no universo do esporte: “Curitown: a cultura do skate em Curitiba”, documentário e exposição, realizada no Museu Municipal de Arte, na capital paranaense.
De acordo com Victor, a cultura do skate é resiliente, diversa e se reinventa. “Desde 1972, quando tudo era desconhecido e novo, os pioneiros do skate paranaense criaram as referências. A nossa essência começou ali”, afirma o autor, para quem, o skate passou de mão em mão, evoluiu de geração para geração: “A criatividade e a liberdade movem nossa história do skate. É o que buscamos expressar neste livro”.
Victor Augustus Graciotto Silva é historiador e mestre em História pela Universidade Federal do Paraná. Em 2010, funda juntamente com sua esposa Juliana Reinhardt a Máquina de Escrever Editora e Produção Cultural, e dá início a uma trajetória de pesquisa, produção e coordenação de projetos, edição e publicação sobre patrimônios culturais e históricos de Curitiba. Autor de “Idade Média: política, cultura e política” em 2011, Benzedeiras” em 2013, “Curitown: a cultura do skate de Curitiba” em 2018, “As pregações de Francisco de Assis” em 2020 e “Cervejarias de Curitiba” em 2022. Diretor, roteirista e produtor do longa-metragem “Curitown” e curador da exposição “Curitown: a cultura do skate em Curitiba”, ambos em 2018. Conheça mais em editoramaquinadeescrever.com.br
Projeto aprovado no Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura | PROFICE da Secretaria de Estado da Cultura | Governo do Estado do Paraná. Empresa incentivadora: Companhia Paranaense de Energia – COPEL
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