O crescimento do número de casos de covid-19 nas cidades de Foz do Iguaçu e região preocupa educadores da rede estadual de educação. O sindicato da categoria reivindica testes, suspensão de atividades nas escolas e medidas de prevenção e orientação para evitar a proliferação da doença entre professores, funcionários e comunidade escolar.
A direção da APP-Sindicato/Foz encaminhou ofício ao Núcleo Regional de Educação (NRE) em que requer informações sobre procedimentos adotados pelo órgão para prevenir e orientar profissionais que precisam ir às escolas entregar leite, merenda e material pedagógico das atividades não presenciais. O documento foi protocolado segunda-feira (15).
Silvio Borges: “Isso coloca em risco professores, funcionários e suas famílias, bem como alunos e toda a comunidade escolar” (Foto: Marcos Labanca)
“Mesmo com aulas presenciais suspensas, o governo insiste em manter o trabalho nas escolas, convocando educadores”, frisa o diretor de Finanças da APP-Sindicato/Foz, Silvio Borges. “Isso coloca em risco professores, funcionários e suas famílias, bem como alunos e toda a comunidade escolar”, complementa.
De acordo com Silvio, o sindicato foi comunicado sobre uma educadora de escola estadual em Foz do Iguaçu diagnosticada com a covid-19. “Queremos que o NRE explique as medidas tomadas, tanto de atendimento a essa colega como de prevenção aos demais servidores da escola, como o isolamento desses educadores recomendado por autoridades em saúde”, ressalta.
No plano estadual, a APP-Sindicato reivindica do Governo do Paraná maior atenção à saúde dos trabalhadores da educação. O sindicato quer que professores e funcionários envolvidos em trabalhos presenciais sejam testados para a covid-19 e que a administração suspenda a convocação de educadores para qualquer atividade pedagógica nas escolas.
A Resolução nº 1.733/20, da Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seed), dispõe sobre o atendimento presencial de estudantes e familiares. Além da entrega de leite, de merenda e de atividades educacionais impressas, o documento determina o uso da sala de informática das escolas para orientação sobre as aulas on-line.
“O governo não tem um protocolo de segurança sanitária nas escolas públicas. Estamos preocupados com a escalada da covid-19 na região, que está sendo considerada o ‘epicentro’ da doença no estado”, contextualiza Silvio Borges. “O governo, a Seed e seus órgãos nas cidades não podem continuar negligenciando a saúde dos educadores”, conclui.
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