O prazo para as inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) se inicia a partir desta terça-feira (21) e segue até o dia 28 de janeiro para se candidatar a uma vaga em uma universidade pública, dois dias a mais do que o prazo estipulado inicialmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Com as inscrições abertas desde a 0h de hoje, os candidatos relataram, em suas redes sociais, instabilidade e falhas no site nas três primeiras horas após a abertura das inscrições. Para alguns, a página saiu do ar. Para outros, as inscrições foram encerradas sem autorização do aluno. Uma estudante reclamou que não havia, no momento em que tentou fazer sua inscrição, nenhuma explicação “para o ‘inscrições encerradas’ e outros ‘bugs’ que aparecem no site”.Ao se inscrever no sistema, o candidato deve escolher no máximo duas opções de cursos oferecidos pelas instituições participantes. No final, o sistema selecionará os estudantes mais bem classificados em cada curso. Nessa classificação, deverão ser levadas em consideração as notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e alguns fatores como pesos atribuídos às notas ou bônus. Caso o candidato consiga uma classificação suficiente para ingressar nas duas opções de cursos, será levada em consideração apenas a primeira opção para a realização de matrícula. Segundo o Inep, após a divulgação do resultado no Sisu, a matrícula nas instituições participantes deve ser realizada até 4 de fevereiro.O Sisu é uma das mais importantes formas de ingresso ao ensino superior no Brasil. Em 2020, são ofertadas 237 mil vagas em 128 instituições de ensino superior públicas. Para concorrer, é necessário ter realizado o Enem de 2019 e obtido uma nota acima de zero na prova de redação. Ao realizar a inscrição no sistema, o candidato deve ter em mãos o número de inscrição do Enem e a senha atual cadastrada na Página do Participante.
A prorrogação do prazo final para as inscrições no Sisu foi estabelecida em decorrência de postagens de notas erradas do Enem feitas pelo Ministério da Educação. Alexandre Lopes, presidente do Inep e responsável pela aplicação do exame, afirmou em uma coletiva de imprensa que as notas do Enem já foram corrigidas. “Nós pegamos todos os quase 4 milhões de participantes e corrigimos as provas deles com todos os gabaritos possíveis e calculamos todas as proficiências possíveis.”Durante a coletiva transmitida ao vivo pela internet, com mais de 900 comentários feitos em tempo real, os estudantes afirmaram que as explicações eram insuficientes e pediram garantias de que todas as notas foram reavaliadas. Muitos informaram que o e-mail disponibilizado pelo governo para atender às reclamações não funcionou e alguns chegaram a pedir o cancelamento do exame.Segundo as explicações do governo, houve erro na gráfica que imprimiu o exame durante o processo de associação entre as provas e os gabaritos. O problema foi identificado somente após reclamações de estudantes nas redes sociais. Em nenhum momento a empresa responsável pela impressão das provas notificou as autoridades sobre qualquer tipo de engano.Um processo administrativo vai avaliar as responsabilidades para definir eventuais sanções à empresa. O presidente do Inep avisou que será feita uma revisão dos mecanismos de controle de qualidade.
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