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Vozes-mulheres
. A voz de minha bisavó ecoou criança nos porões do navio. ecoou lamentos de uma infância perdida. . A voz de minha avó ecoou obediência aos brancos-donos de tudo. . A voz de minha mãe ecoou baixinho revolta no fundo das cozinhas alheias debaixo das trouxas roupagens sujas dos brancos pelo caminho empoeirado rumo à favela. . A minha voz ainda ecoa versos perplexos com rimas de sangue e fome. . A voz de minha filha recolhe todas as nossas vozes recolhe em si as vozes mudas caladas engasgadas nas gargantas. . A voz de minha filha recolhe em si a fala e o ato. . O ontem – o hoje – o agora. Na voz de minha filha se fará ouvir a ressonância o eco da vida-liberdade. .
A voz de minha bisavó ecoou criança nos porões do navio. ecoou lamentos de uma infância perdida. . A voz de minha avó ecoou obediência aos brancos-donos de tudo. . A voz de minha mãe ecoou baixinho revolta no fundo das cozinhas alheias debaixo das trouxas roupagens sujas dos brancos pelo caminho empoeirado rumo à favela. . A minha voz ainda ecoa versos perplexos com rimas de sangue e fome. . A voz de minha filha recolhe todas as nossas vozes recolhe em si as vozes mudas caladas engasgadas nas gargantas. . A voz de minha filha recolhe em si a fala e o ato. . O ontem – o hoje – o agora. Na voz de minha filha se fará ouvir a ressonância o eco da vida-liberdade.
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