“Os Espantalhos” é um dos destaques da Mostra Mundo Árabe de Cinema (Foto: reprodução)
A nova edição da Mostra Mundo Árabe de Cinema, reúne sete filmes inéditos e vários bate-papos com cineastas, tudo online. As conversas são exibidas pelo canal do ICArabe no Youtube. O evento digital começou no dia 20 de agosto e segue até 16 de setembro. Gratuitos, cada filme fica disponível por uma semana em cada uma das plataformas (site oficial e Sesc Digital). As estreias acontecem sempre às sextas-feiras. Acompanhe as novidades pelo site. A Mostra Mundo Árabe de Cinema é realizada pelo Instituto da Cultura Árabe (ICArabe) e pelo Sesc São Paulo.
Conheça a programação:
Na plataforma do Sesc, entre os dias 20 e 26 de agosto, acontece a pré-estreia de “A 200 Metros” (2020). A obra tem limite de visualizações.O filme chega aos cinemas brasileiros em 17 de setembro e é uma coprodução Palestina, Jordânia, Catar, Suécia e Itália.
O longa de Ameen Nayfeh retrata a jornada de Mustafa, um pai separado da esposa e do filho por um muro. Enquanto ele vive na Cisjordânia, sua família mora em Israel. Quando descobre que o filho está internado, Mustafa tenta atravessar a fronteira, mas é impedido pelos oficiais israelenses e parte em uma viagem de 200 quilômetros para reencontrar os parentes.
Na semana de 27 de agosto a 2 de setembro, o público confere “Bagdá Vive em Mim” (2019), de Samir Jamaleddine. Coprodução Suíça, Alemanha e Reino Unido, o thriller aborda a integração de imigrantes iraquianos em Londres, que se dividem entre as tradições radicais da comunidade e a adoção de valores liberais ocidentais.
Depois, na semana de 3 a 9 de setembro, o longa em exibição é “Caos” (2018), de Sarah Fattahi. O documentário apresenta as histórias de três mulheres sírias diretamente afetadas pela guerra. Uma vive em Damasco, uma na Suécia e outra em Viena. Elas compartilham medos e traumas. Trata-se de uma coprodução Áustria, Síria, Líbano e Qatar.
Encerra a programação do evento na plataforma do Sesc o drama “Os Espantalhos” (2019), de Nouri Bouzid. Entre os dias 10 e 16 de setembro, os espectadores acompanham as desventuras de duas mulheres que descobrem a escravidão sexual, convencidas de que na Síria encontrariam um paraíso. Quando elas retornaram à Tunísia, passam a ser vistas como párias pela sociedade. O longa é uma coprodução Tunísia, Marrocos e Luxemburgo.
Já a programação disponível no site oficial do evento é mais enxuta. Começa no dia 20 de agosto com “Chave de Fenda” (2018) de Bassam Jarbawi. É um triller a respeito da reintegração de um palestino à sociedade após passar 15 anos em uma prisão israelense. O roteiro foca na desconexão do protagonista. Confira essa coprodução Palestina, Catar eEUA até o dia 26 de agosto.
Por fim, entre 27 de agosto e 2 de setembro, o público tem acesso a dois filmes. O longa “Nós somos de lá” (2020), de Wissam Tanios, é um documentário sobre a fuga de dois irmãos (um, carpinteiro, outro, trompetista) – um vai para Berlim e outro para a Suécia. Os dois estão tentando reconstruir a vida, após escaparem da guerra civil na Síria. É uma coprodução Líbano e França.
Já o curta “In Memoriam” (2021), de Otavio Cury, é uma coprodução Brasil, Argentina e Síria sobre a busca pelas próprias raízes. Na trama, em um café na Síria, a lembrança da morte do avô evoca em Jorge as recordações de outras mortes. O protagonista lida com a nostalgia de uma época não vivida, as memórias da vinda de parentes ao Brasil e uma série de episódios fatídicos.
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