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. Meia noite. Fim de um ano, início
. Olho o céu: o abismo vence o olhar. O mesmo espantoso silêncio da Via-Láctea feito um ectoplasma sobre a minha cabeça: nada ali indica que um ano novo começa. .
E não começa nem no céu nem no chão do planeta: começa no coração. .
Começa como a esperança de vida melhor que entre os astros não se escuta nem se vê nem pode haver: que isso é coisa de homem esse bicho estelar que sonha (e luta)
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