A comunidade M’bya Guarani Jasy Porá criou o primeiro viveiro de espécies nativas. Para tanto, conta com o seu profundo conhecimento da selva missioneira e também com assessoramento de uma equipe técnica disponibilizada pela empresa Iguazú Jungle Lodge. Esta é, na realidade, uma primeira experiência de um projeto que pretende reunir a vivência das comunidades de povos originários e a necessidade de empreendimentos ligados ao turismo do lado argentino da fronteira em dar sua parcela de contribuição com respostas efetivas às questões sócio-ambientais. Reflorestar é uma delas. Ouvido pela rádio LRA 19, de Puerto Iguazú, Marcelo Ghione, gerente da empresa Iguazú Jungle Lodge, disse: “Esta é uma primeira experiência de se proporcionar às comunidades originárias a possibilidade de reflorestar a selva missioneira. E, ao mesmo tempo, também inseri-las economicamente falando. E isto tem um efeito duplo, já que as empresas ligadas ao turismo são estimuladas a participar. Isso valoriza o turismo.”No viveiro que já está sendo desenvolvido a alguns meses, estão sendo cultivadas espécies nativas da região, com sementes e mudas especialmente selecionadas e preparadas pela comunidade indígena. Álamo, palmito e angico são três das várias espécies já cultivadas. Nesta empreitada os M’bya recebem o reforço de engenheiros florestais ligados à empresa parceira. Além das mudas de árvores, há um trabalho de experimentação e aprimoramento de saberes sobre a selva, incluindo o uso de ervas nativas da selva na proteção do viveiro. Completa a iniciativa o embrião de uma horta, nos moldes da permacultura, mas adaptado à vida daquela comunidade guarani.
____________________________Guatá com informações da LRA19
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